Chamar alguém para ir à igreja pode causar um certo estranhamento a princípio; para dançar então, pode causar uma pequena confusão. E vem a questão: afinal, a igreja é lugar de rezar ou de dançar?
Esse é um assunto que vem “dando pano pra manga”, ou melhor, assunto pra livro, ou melhor ainda, motivo pra gente voltar os olhos em direção a casa do Pai.
A dança como forma de evangelização e de auxílio para levar as pessoas a terem um encontro pessoal com Cristo vem abrindo cada vez mais espaço em paróquias, movimentos e pastorais, e tem encontrado abertura em muitas celebrações e eventos, pela sua capacidade de atingir rapidamente as pessoas, através de movimentos e expressões, comunicando a mensagem do Evangelho...
Utilizar a dança como opção de ferramenta para comunicar o Evangelho não está ligado apenas à modernidade dos tempos de hoje ou aos jovens, mas muito pelo contrário é uma manifestação profundamente humana e por isso mesmo não é uma novidade dentro do culto cristão...
O Concílio Vaticano II quando aborda a importância das artes para a revelação da boa nova, deixa claro que a Igreja nunca determinou que a linguagens artísticas deveriam ou não se utilizadas para a contribuição de seu anuncio, mas com a devida prudência procurou abrir espaço...
“A Igreja nunca considerou seu nenhum estilo de arte, mas conforme a índole dos povos e as condições e necessidades dos vários Ritos admitiu as particularidades de cada época, criando no curso dos séculos um tesouro artístico digno de ser cuidadosamente conservado. Também em nossos dias e em todos os povos e regiões a arte goze de livre exercício na Igreja, contando que, com a devida reverência e honra, sirva aos sagrados templos e às cerimônias sacras; de tal sorte que ela possa unir sua voz ao admirável conserto de glória que os grandes homens contaram à fé católica nos séculos passados”.
Portanto, ouvir falar de dança na Igreja não deve ser encarado como uma revolução contra a estrutura da Igreja, mas uma revolução proposta pela Igreja para o anuncio do Evangelho esteja sempre vivo em todas as pessoas, em todos os lugares e em todos os tempos.
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